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Ontologias


Este post pretende demonstrar resumidamente o quanto a utilização de uma ontologia pode enriquecer, com mais semântica, uma aplicação corporativa de ECM que se pressupõe manipular grandes volumes de informações.

Toda área de conhecimento (domínio) como, por exemplo, a de engenharia ou medicina possui vocabulário específico que deve ser considerado na implantação de suas aplicações e as ontologias podem ser utilizadas na padronização destes vocabulários para organização de conteúdos, refinamento de buscas, construção de bases de conhecimento, etc.

A implantação de um sistema para gerenciamento de conteúdo pode utilizar uma ontologia para guiar a organização e classificação dos dados, e auxiliar a busca. A especificação de regras para um determinado domínio pode ser feita em uma ontologia, o que permitirá o reuso dessas regras em qualquer outro sistema, como por exemplo, o BPM.

Além disso, a comunidade da Internet acredita que, em um futuro próximo, todo negócio da rede deverá fornecer a semântica de suas páginas através de uma ontologia, pois as ontologias oferecem uma “Língua Franca” que permite que máquinas processem e integrem recursos de Internet de maneira inteligente, possibilitando buscas rápidas e acuradas e facilitando a comunicação entre dispositivos heterogêneos na rede.

Em Ciência da Computação, Sistemas de Informação e Ciência da Informação, uma ontologia é um modelo de dados que representa um conjunto de conceitos dentro de um domínio e os relacionamentos entre estes. Uma ontologia é utilizada para realizar inferência sobre os objetos do domínio.

Ontologias são utilizadas em inteligência artificial, web semântica, engenharia de software e arquitetura da informação, como uma forma de representação de conhecimento sobre o mundo ou alguma parte deste. Ontologias geralmente descrevem:

  • Indivíduos: os objetos básicos;

  • Classes: conjuntos, coleções ou tipos de objetos;

  • Atributos: propriedades, características ou parâmetros que os objetos podem ter e compartilhar;

  • Relacionamentos: as formas como os objetos podem se relacionar com outros objetos.

(on.to.lo.gi.a)

sf.

Fil. Parte da filosofia que estuda a natureza dos seres, o ser enquanto ser.

Inf. Campo da informática que trata de conceitualizar de forma explícita e formal (portanto processável por máquina e compartilhável) conceitos e restrições relacionadas a certo domínio de interesse.

[F.: ont(o)- + -logia.]

Fonte: Aulete Dicionário Digital.

Porque usar ontologia?

“É muito comum a utilização de diferentes conceitos para um mesmo domínio, dificultando o compartilhamento de informações. Isso ocorre porque o conhecimento tem sido adquirido para resolver tarefas específicas. Além disso, há uma grande variedade de ferramentas, modelos e linguagens, criando verdadeiras ilhas de informação, que dificultam a interoperabilidade e o reuso. Neste contexto, podemos decidir utilizar ontologias devido a necessidade crescente de uma maior troca e reutilização de informações entre os sistemas, entre as pessoas, e entre sistemas e seus usuários.

Na Ciência da Informação , pela necessidade de codificar o conhecimento para que o torne acessível àqueles que dele precisam, categorizando-o, descrevendo-o, modelando-o, estimulando e inserindo regras e padrões definidos.

Na Computação, porque os esforços em torno dos mecanismos de representação do conhecimento existentes de nada adiantam se não existe um bom conteúdo e organização sobre o conhecimento do domínio em que se deseja trabalhar.

De um modo geral ontologia pode representar a informação semântica e semiestruturada permitindo assim um suporte sofisticado à aquisição, manutenção, acesso e reuso do conhecimento e facilitando o acesso inteligente a grandes volumes de informação textual semiestruturada, armazenada em documentos, proveniente de diversas fontes, como os portais corporativos.

No capítulo do livro será visto como as diferentes ontologias podem ser classificadas, determinando o seu processo de construção e sua aplicação.”

O número crescente de fontes de dados disponíveis torna cada vez mais difícil a seleção, aquisição e combinação de dados. Dentre as propostas da literatura, um grande número utiliza ontologias como forma de organizar e caracterizar dados. O uso de lógicas terminológicas baseadas em formalismos de representação do conhecimento permite a construção e implementação das ontologias em computadores.

Faz parte do capítulo do livro uma breve explanação sobre metodologias, ferramentas, linguagens e um roteiro para a construção de ontologias através de uma ferramenta automatizada, que utiliza uma linguagem baseada em lógica - OIL (Ontology Interchange Language). Também apresenta um exemplo de uso da ferramenta Protégé para construção de uma ontologia para desenvolver um sistema que auxilia a gerência de custo e a organização de um jornal.

Para a ciência da informação as pessoas têm a responsabilidade de processar o conhecimento e, assim, uma de suas preocupações é a padronização da terminologia utilizada para se classificar e se encontrar a informação. Daí deriva a importância do uso de ontologias para caracterizar e relacionar entidades em um domínio do conhecimento.


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